Posted: domingo, 26 de junho de 2011 by Monty Cantsin in
0

Tenho minha quintessência acumulada,
a qualquer hora explode, e ai de mim,
que deixarei de ser eu e passarei a ser partícula,
uma minicula fracionada parte do eu total.

Mas oras... que espero eu do mundo gigante,
da roda quadrada, da tromba valente do monstro elefante?
Espero talvez poder ser mentiroso, contar causos inventados,
inventar eu mesmo as mentiras sobre mim, poder esconder meus defeitos,
mas sempre erro, pois me escondo por completo,
ai de mim....
repleto de mim mesmo por todos os lados,
na ilha da minha própria perdição, mas o que devo fazer?
Permaneço, insisto, faço e refaço fazendo de conta que falso é o mundo,
E percebo, incrivelmente como num passe de mágica que certo estou,
pelo menos uma vez na vida errado não estou,
ai de mim....
que sou obrigado a ser eu, mas em verdade vos digo,
adora essa coisa, esse sadismo baixo, raso de mim,
esse mal que nunca é mal por completo e sim,
ai de mim...
baixo, raso, burro e enfim,
uma minicula partícula fracionada do eu total.

A questão do meio

Posted: quinta-feira, 16 de junho de 2011 by Monty Cantsin in
2

Assim como o sempre, o muito ou o nem tanto assim.
Da mesma forma que nada, algo ou coisas sem fim.
Tal qual fragmentos do ser que vagam na ilusão da construção do todo,
tal qual a fuligem da boca daquele que blasfema contra si ou contra todos.
Blasfema sendo santo, sem ser herege, sem ser rupestre hipnotiza com sua construção não linear de idéias e claros pensamentos anuviados em marcas estampadas na pedra de ser tão só.

Assim, sem medo acovardado aponta o dedo contra si em sua própria versão da lei tríplice. O mundo é redondo, pode ser, não é, será um dia, mas quem se importa quando as voltas que o mundo dá sempre trazem a tona o pior do ser sem ser; quando as águas da gruta das incertezas estão empoçadas em algo que saberão somente depois de tudo, depois que os olhos se fecharem e a água evaporar trazendo chuva na caixa, embaçando os vidros de casa.
Assim, sem sim, sem não, sem nenhuma certeza de nada, repleto de vulgas verdades insólitas e comportadas; Assim, talvez menos sim que quando palavras são trocadas entre dois no meio de muitos...
Diabetes dos doces do amo, do quero te ter; dos mimos e afagos, dos tragos e trapos trocados no dia do sempre com ti vou viver.
Assim como a porta que bate na cara dos mais narigudos primeiro.
Da mesma maneira que outrora, sem demora, pois perto do fim não importa,
tempo inimigo é agora contra o processo do sempre e mais sempre.
Tal qual retrocede, avança, costura seus não mais sem mim nos pontos de encontro de outros que vivem sem medo do tempo que ajuda, que aguarda quando deve aguardar, e sem menos nem mais é futuro, é tempo de nunca se sabe que dia será.
Talvez parecido, não idem, nada de idêntico.
Talvez totalmente irregular, mas pleno de sua importância idiota, sua importância não menos que aquela que vendem e que compram nos postos de azar, mas parece; parece que tudo, seja lá o que for esse tal, é o mesmo com suas singelas e próprias características sem vida, pois vida não é, digo, vida não é viver, vida não é saber e ter braços doloridos ao toque de um beliscão, vida assim sem começo certo, vida com fim no caixão, no terreno baldio, no riacho.
Talvez mais ou menos assim, quiçá, tal qual aquilo tudo que nada foi... Totalmente um fragmento, peças tortas, um todo de nadas unidos, um sou.